sábado, 6 de junho de 2015

ENQUANTO O J.J. E O B.C., POR LÁ MANDAREM



ALVALADE   NÃO !

Sou sportinguista desde os meus 8 anos, desde a rua do Passadiço, já lá vão umas oito décadas bem contadas. Pertenço à Direcção de uma Associação, Mares Navegados, que era membro consultivo da C.P.L.P. e abandonou a sua colaboração com essa Instituição a partir da entrada da Torcionária Guiné Equatorial naquela organização dita “ – dos Povos de língua Portuguesa!)

Até hoje, perdendo ou ganhando, sempre me senti orgulhoso do meu Sporting, de quem fui associado nos anos 40 do século passado, até que a emigração me levou para paragens longínquas.

Hoje, dou por mim extremamente envergonhado de ser visto como apoiante de criaturas que, pelos seus actos, não devem merecer a honra de fazer parte da História deste clube!

Nego-me a correr o risco de vir a ser um campeão à custa dos dinheiros (Segundo se diz) provenientes da desumana exploração e repressão do Povo da Guiné Equatorial. Que esse dinheiro seja necessário para pagar Jesus, (parece que ao longo da história sempre assim foi… – “ a quem aproveita o crime ?”), porque dele virão muitos títulos que muito irão agradar “à massa associativa” e prestigiar quem governa, isso poderá ser motivo de alegria para muitos, para muitos outros; mas, para mim, isso é uma profunda e inadmissível vergonha, cancro maligno que se assolapa num organismo que se pretendia são!

Que para poder realizar esta imoral acção, tenham que aviltar a honra, de quem parece ter dado ao Sporting genuína e honesta dedicação, é duplicar o despudor das afrontas e os efeitos desastrosos da mais absoluta revelação de total falta de princípios.

Cá por mim, dispensaria bem a ajuda deste Jesus materialista e seus ensanguentados capitais, preferindo ver o meu Sporting numa qualquer divisão inferior do futebol, mas orgulhosamente campeão de relações humanas e desportivas, baseadas em princípios e valores que a todos nos dignifiquem.

Só nós sabemos porque, enquanto lá estiverem os vampiros, não vamos mais a Alvalade?

Camilo Mortágua